DUPLICAÇÃO DA BR-381 PODE GERAR ECONOMIA DE MAIS DE R$ 1 BILHÃO EM MINAS

DUPLICAÇÃO DA BR-381 PODE GERAR ECONOMIA DE MAIS DE R$ 1 BILHÃO EM MINAS

Os dados foram apontados pelo estudo ‘Infraestrutura e Crescimento Econômico: a nova rodada de concessão da BR-381 como modelo de segurança, eficiência e sustentabilidade’, da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) com a consultoria HOUER, abordando os impactos sociais e econômicos da rodovia para o Estado e para a indústria mineira.

As informações sobre este estudo estão em excelente matéria do jornalista Rodrigo Moinhos, publicada no Jornal Diário do Comércio de 26/11/2024.


Para nós do MOVIMENTO PRÓ-VIDAS DA BR-381 , mostra mais uma vez a importância de permanecermos na luta pela duplicação pois nosso objetivo principal é salvar vidas, mas também tem muitos outros benefícios para os municípios, empresas, economia regional e o cidadão em geral. 

“A partir da concessão e duplicação do trecho que liga Belo Horizonte a Governador Valadares, na BR-381, na região Leste de Minas Gerais, além de proporcionar mais fluidez do trânsito, considerado um dos grandes gargalos da rodovia, pode gerar ainda uma redução de R$ 1,01 bilhão em despesas aos usuários (considerando gastos com combustível, lubrificantes, peças, pneus e tempo de transporte de cargas) e de R$ 374,55 milhões em custos com acidentes. Estima-se também que sejam mitigadas cerca de 161 mil toneladas de gases de efeito estufa ao longo de 30 anos.
Os dados foram apontados pelo estudo ‘Infraestrutura e Crescimento Econômico: a nova rodada de concessão da BR-381 como modelo de segurança, eficiência e sustentabilidade’, da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) com a consultoria HOUER, abordando os impactos sociais e econômicos da rodovia para o Estado e para a indústria mineira.
O levantamento também fez uma projeção sobre os impactos que a concessão da BR-381 pode gerar para a segurança, eficiência e sustentabilidade do trecho que liga a Capital à Valadares.
Segundo o diretor do Conselho de Infraestrutura da FIEMG, Victório Semionato, além dos impactos diretos calculados pelo estudo da HOUER, há ainda consequências indiretas que, inicialmente, não são passíveis de mensuração, entre eles o prejuízo causado pela atual situação da BR-381 para a atração de investimentos para regiões ligadas pela rodovia.

“A dificuldade de escoamento de produção pela BR-381 acaba por impactar negativamente na instalação de indústrias em diversos municípios localizados às margens da BR-381. Nesse sentido, a região do Vale do Aço, por exemplo, acaba prejudicada na atração de novas indústrias por uma dificuldade logística de ligação com Belo Horizonte”, avalia.
O estudo apresentou também um comparativo entre o trecho concedido entre Belo Horizonte e São Paulo e o não concedido, da Capital mineira à Valadares, sob a ótica da geração de empregos para a indústria.
Quando analisadas somente as cidades sob influência direta da BR-381 no trecho concessionado até São Paulo, com exceção de Belo Horizonte, o saldo de vagas criadas em 2023 foi de 22.907, sendo 5.524 no setor industrial. Já nas cidades sob influência direta do trecho não concessionado houve um registro negativo, com a perda 1.180 vínculos de empregos no setor industrial em 2023.


Semionato ressalta também o impacto da concessão para a população, uma vez que os custos de transporte mais elevados em razão da situação das vias influenciam diretamente o valor do frete. “Todo esse custo é, invariavelmente, repassado ao preço final dos produtos, impactando diretamente os consumidores”, considera.
Para o presidente da HOUER e membro do Conselho de Infraestrutura da FIEMG, Fernando Iannotti, a duplicação do trecho entre Belo Horizonte e Governador Valadares tem potencial muito grande de melhorar as condições de segurança e trafegabilidade da rodovia.


“A concessão da BR-381 representa um avanço significativo para transformar a principal rota logística de Minas Gerais, com potencial de impacto direto na vida de mais de 5 milhões de pessoas que vivem ao longo de seu trajeto. A iniciativa privada assumirá os custos que o poder público hoje não consegue cobrir integralmente, o que representa economia e arrecadação significativa para o Estado e retorno direto para a sociedade”, avalia. 


A rodada de concessão da BR-381 foi realizada em 29 de agosto e a 4UM Investimentos venceu a disputa. O fundo reúne ações das empresas MLC, ATERPA e SENPAR. Ao longo dos últimos anos, o governo federal tentou realizar o leilão da rodovia para a iniciativa privada em pelo menos três ocasiões (novembro/2021, fevereiro/2022 e novembro/2023). Também houve uma tentativa de concessão em 2013, porém não houve interessados.”